Parece simples definir a dependência química como uma condição física e psicológica causada pelo consumo constante de substâncias psicoativas. A questão começa a se tornar complexa quando, em consequência do uso abusivo, começam a surgir sintomas que afetam o sistema nervoso central, transformando o uso eventual e esporádico numa relação de dependência que impede o usuário de romper com o uso das drogas.

A partir desse momento o que era prazeroso passa a ser causa de sofrimento para o usuário, que dificilmente se percebe preso à sua substância de preferência, passando a condição de pessoa que não se reconhece portadora de uma doença crônica que altera sobremaneira sua relação com a vida e com as pessoas que o cercam.

O papel da família é importante porque é no seio dela que a doença se dissemina, é a partir de sua instalação que os vínculos são rompidos, as relações danificadas e a convivência se torna insuportável.  O tempo é crucial para o alcance de bons resultados, esteja atento! Quanto mais rápido a doença for tratada, melhores serão os resultados do tratamento.

A intervenção familiar é sempre muito difícil, sobretudo quando o paciente não está apto a se perceber doente, mas a omissão é o que condena o dependente a sua doença. Ame, mantenha o pulso firme, evite julgamentos, não se sinta culpado nem facilite o acesso dele às drogas, busque ajuda especializada e saiba que o isolamento não resolve.